domingo, febrero 15, 2009

A gente trabalha o ano inteiro...

Aprovechando el intoxicante delirio que invade nuestras calles durante los fines de semana, recuperando y recreando el carnaval rioplatense para alegría de los niños y disgusto de los vecinos más mala onda (con un feriado de dos días que por ahora sólo disfrutan -disfrutamos- los empleados municipales), vale la pena ver el impacto en materia de desarrollo económico y social de la festa mais grande do mundo:

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Atualmente, a indústria do Carnaval funciona o ano inteiro na cidade do Rio de Janeiro. Fantasias, adereços e peças decorativas são desenvolvidos pelas comunidades para as escolas de samba e, também, para atender a demandas de mercado.

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A realização de cursos e oficinas de qualificação ministrados nos barracões e quadras das escolas de samba cariocas, nos últimos dez anos, geralmente em parceria com instituições públicas, privadas e organizações civis, é apontada pelos integrantes das comunidades como a principal etapa do processo, que transformou o evento cultural em setor econômico.

“A qualificação profissional é uma conquista das comunidades e representa uma ponte para a cidadania”, afirma Célia Regina Domingues, presidente da Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), entidade executora dos projetos sociais da Cidade do Samba, administrada pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Os barracões das doze escolas do Grupo Especial do principal desfile no sambódromo estão sediados na Cidade do Samba, criada há quatro anos.

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Décadas atrás, a produção do carnaval carioca era feita por profissionais e equipes de fora das comunidades, como artistas plásticos e alunos egressos dos cursos de artes das universidades, conta Célia. “A mão-de-obra das comunidades só entrava da parte mais pesada da produção, como colagem e costura”, lembra. Era uma distribuição injusta de trabalho, valores e renda, segundo ela. “A comunidade era protagonista, mas não estava incluída na produção e renda do carnaval”.

Mestres-sala, porta-bandeiras, passistas e músicos das baterias passavam dificuldades o ano todo, mas se tornavam reis e rainhas durante os desfiles das escolas de samba. “Depois do desfile, que durava em torno de 60 minutos, eles tinham de voltar à realidade. Muitos não queriam tirar a fantasia. Voltavam a passar fome”, recorda Célia. “Não era justo”.

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“A qualificação ajuda a enfrentar o desemprego e cria oportunidades de trabalho, renda, dignidade e cidadania nas comunidades”, acrescenta. Muitos integrantes vivem em situação de risco social. “Vários se tornam vitrinistas, modelistas, estilistas, aderecistas”, informa a presidente da Amebras.

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A unidade do Sebrae no Estado do Rio de Janeiro é parceira da Amebras nas ações desenvolvidas na Cidade do Samba. No primeiro semestre do ano passado, a Instituição capacitou 600 pessoas de 23 comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em empreendedorismo, associativismo e cooperativismo.

O Sebrae/RJ apóia o Carnaval carioca há 13 anos, segundo Célia. A Instituição é parceira da Cidade do Samba desde a sua criação. Melhorar a qualidade e aumentar a escala de produção do Carnaval carioca, evitando o desperdício, tem sido o objetivo das capacitações ministradas. Na próxima etapa, o Sebrae/RJ deverá apoiar a gestão da Cidade do Samba, de acordo com Eliana Marinho, gerente da Unidade de Economia Criativa do Sebrae/RJ.


Aparece entonces un saber artesanal que puede ser aplicado a otras instancias del desarrollo económico, fortaleciendo a las comunidades a partir de un conocimiento probablemente tácito pero desaprovechado luego de la quarta-feira. Es fundamental, por otro lado, el rol del Estado (representado acá por el Sebrae) para capacitar y difundir dichos saberes, garantizando una favorable interacción con el mercado.




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